afinal
que fizeste da tua vida?
que pedras marcam a tua passagem?
onde está o estandarte
que com tanto orgulho
empunhavas no início?
por que ventos te perdeste?
onde mudaste a tua vontade?
a que te deixaste subjugar?
aquela lua
que secretamente trazias
em teu coração
que será que afaga agora?
e one deixaste a tua força
a tua vontade de lutar
derrubando e saltando
os muros na viagem?
afinal
quem e o quê
és tu agora?
a couve de caule torto
raquiticamente saíndo das rochas
ou a reva que não dá nenhuma flor
e que nem os animais pastam?
como conseguiste?
tinha planos para ti
enfrentares o sol todas as manhãs
peito descoberto à força do vento
e à agrura do frio
e à torridez do calor
tudo vencendo
na certeza do impossível
de que eras invencível
tinha planos para ti
distribuindo sorrisos
e a doçura dos carinhos
a compreensão e paciência
com que se adormecem as crianças
onde perdeste o meu projecto
de seres melhor e mais forte do que se exige
ao comum mortal?
deves-me isso.
5 de maio de 2010
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