22 de janeiro de 2010

Erros meus, má fortuna.

Primo, não vou responder a nada do que escreves, porque simplesmente iria mandar mais lenha para a fogueira e não era de todo a minha intenção.
Só te digo que quem tem fantasmas para exorcitar és tu, não sou eu. Porque as coisas para mim são reais e não apenas fantasias.
A minha vida é o que é e foi o que foi para mim. Não faço floreados bonitos.

Por isso e para não ferir mais nenhuma susceptibilidade, aqui fica a minha última mensagem. Não quero nem compro guerras desnecessárias nem tão pouco estou para "bate-bocas" como dizem os brasileiros.
Por fim:
"Não é com uma alma cheia de raiva, despeito,inveja, amargura, talvez até ódio, que vais conseguir que a Sarinha seja melhor do que pode vir a ser, em todos os aspectos." - Agradeço que a minha filhinha não seja chamada para estes assuntos porque eu não chemai nenhum dos teus filhos para a conversa e PONTO FINAL NO ASSUNTO.

Beijos

Janeiro 22, 2010 1:31 AM


Voltei só por tua causa, porque tu mereces, ou merecias, já não sei... (Lógico que os destaques são da minha responsabilidade).


Paula, já leste o que escreveste aqui em cima? Já mesmo?
A que te sabe a boca agora? Tens sentido esse sabor frequentemente?
Que cores consegues distinguir? Mais do que uma? Quais?
Os sabores e as cores são coisas reais, não são fantasias.

Que fogueira ateei sem dar conta? Acordei algum monstro que tivesses adormecido? Alguma coisa da inoquoidade das minhas palavras te feriu sem que eu desse por isso? Mexi abusivamente na tua sensibilidade de uma forma que te fez doer? Qual?

Que a tua vida é a tua vida já eu sei há muito tempo, até antes de ti, até antes de ti sim, porque eu vi-te crescer e entrevi qual seria o possivel rumo que lhe irias dar. Alguma palavra de recriminação algum dia saíu da minha boca? Alguma vez me pus de lado para não te poderes apoiar nas minhas costas? Quando? Como? Onde?

Sempre fizeste floreados bonitos, Paula, tu tens o dom de os fazeres, é só tu quereres, eu não tenho o dom de florear, posso, quando muito andar lá à volta, mas... não chego lá.

Se, como dizes, esta é a tua última mensagem, tu é que sabes, não me parece muito feliz, aliás como não me pareceram outros dois comentários teus que vinham na linha deste e que resolvi não ligar muito porque me faziam doer a mim, e só a mim, tal como este.

Só que este acaba contigo a gritar-me PONTO FINAL NO ASSUNTO.

Assim, ditatorialmente, como é teu apanágio "quero, posso e mando", não me dando portanto qualquer hipótese de argumentação (repara que não escrevi defesa), e isso eu ainda posso não aceitar.

Tenho a impressão que, desde o primeiro dia que comecei a escrevinhar esta coisa, tu estiveste contra, contra não sei o quê, mas contra. Só posso crer que contra mim. Porquê? Porque não dares apenas a tua compreensão de que cada vez mais me faltam muitas coisas, que não sou tão forte como toda a gente pensa e que não trago o Mundo às costas só porque me apetece. E porque não dares-me o prazer de apenas transmitir alguns dos sentimentos que me habitam, quer estivesses de acordo com eles ou não, sabendo que esses sentimentos são só meus?

Assumo tudo o que sempre assumi: eu. Não posso, nem quero assumir palavras ou actos de outras pessoas porque elas não eram, ou são, eu. Pensei que, para ti isso seria suficiente, enganei-me, queres que eu assuma culpas que não me podem ser assacadas porque, uma vez mais, só respondo por mim. Tá bem.

Porque terás de atacar mesmo quando não estás em risco? Achas que eu sou um risco? Agora? Se nunca o fui, agora ainda menos. Sou um risco, e grane, para mim, porque as minhas carências pôem a nu uma fraqueza que nunca imaginei e um cansaço que já me tolhe a vontade. Mas não esqueças, dentro do peito é ainda o mesmo fogo que arde quando tu nasceste, quando o tei irmão nasceu, é o mesmo, embora um pouco a precisar de ser avivado.

Não contava dar-te uma resposta como esta, mas lá teve que ser. Repara que não caí na tentação da roupa suja, nem do bate boca, isso seria aviltrar-me, e isso não faço. É de peito aberto, como sempre, que te mando um beijo grande, hoje quando eu também preciso que me dêem alguns.

A que te sabe a boca agora?
Que cores consegues distinguir?
Achas que tive o que mereci? Estás satisfeita?

E nunca esqueças Paulinha, numa pseudo guerra comigo, que nunca te deixarei comprar, nem te comprarei, tu não tinhas nehuma, mas mesmo nenhuma, hipótese de ganhar.

O.A. 2010.01.22 às 13:43

1 comentário:

  1. Não sei... nem sei se quero...
    Sei que no amor existe sempre espaço para dor, porque quanto mais gostamos das pessoas, mais tendência temos para as magoarmos... é uma estranha fatalidade... e triste também...
    Nós somos o que fazemos... sim, quer queiram quer não, somos aquilo que fazemos, as atitudes que tomamos e o percurso que escolhemos são os elementos que mais caracterizam cada individuo. Uma coisa no entanto é certa, as atitudes que tiveste, identificam quem foste numa determinada época, as que vais ter e tens diariamente são o reflexo de ti para os outros. Eu dou por mim hoje, e cada vez mais, a pensar que certas atitudes que tive foram menos apropriadas ou mesmo erradas e que se pudesse hoje faria de maneira diferente. É possivel que já esteja a divagar, mas quero com isto dizer que pudemos sempre alterar as decisões passadas e pensar melhor nas situações.
    Gosto muito dos meus amigos... gosto muito! Mas nada que se compare ao amor parental ou familiar, onde estão as minhas raizes...
    Todos nós magoamos quem gostamos... é um processo... é uma aprendizagem continua e ascendente, talvez depois mais levemente, mas continuamos sempre a magoar...
    Como disse no inicio... não sei e agora digo mesmo, não quero! Quero sim ver um sorriso em todos, quero espalhar, se possível e parecendo um pouco divino sem intenção, um pouco de alegria e emoção naqueles que me rodeiam, quero amar e não odiar!
    Quando começaste o blog Pai, senti que de alguma maneira te tinha tocado com as minhas palavras, que alguma pequena, grande parte de mim tinha ficado revelada a ti através desta pequena janela, deste sopro de força e amor. Fiquei muito feliz! Estou muito feliz por escreveres e me deixares a mim também conhecer algo de ti que me fascina... a tua escrita, o teu âmago, a ti... mas nunca te esqueças que escreves para ti! Para TI PAI e para mais ninguém, porque a partir do momento em que tomas um destinatário especifico, deixa de ser o teu escape, a tua "fuga"...
    Fico triste que este "pequeno" espaço que tráz tanto para todos nós seja utilizado para outros propósitos... mas ao mesmo tempo acho que temos de por para fora o que nos vai no peito e compreendo que o tenhas feito, afinal, que janela de escape seria esta se não pudésses colocar algo que realmente te incomóda ou perturba?
    Sabes que não há ninguém no mundo que te substitua? Sabes que nada há que se possa comparar ao amor inato e natural de um filho por um pai? Não sei se sabes pai... mas eu sei que é insubstituivel... e demasiado importante para mim, para deixar em claro essa falta de alegria, essa falta de sorriso e vontade de viver... por isso... vai ver o e-mail que mandei uma foto de mim com bigode em tua honra.
    AMO-TE!

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