15 de março de 2010

palavras

não conheço essa coisa do "jeito para as palavras", mas conheço muito bem as palavras, elas são o veículo de transmissão sem as quais nós não podíamos dizer o que vai dentro de nós.


eu posso até nem as utilizar (segundo critérios vários) nos "cannones" estabelecidos, a situação delas na frase pode não ser a mais correcta, podem variar muitos aspectos daquilo   que se considera "escrita", mas eu sei o que cada palavra que emprego quer dizer, realmente quer dizer, porque em algum momento da minha vida a senti, fundo em mim, tristeza ou alegria, e soube exactamente o que esse conjunto de letras significa. as palavras não são artificiais, elas representam aquilo que eu tenho ou quero dizer nesse momento, é por isso que eu não "brinco" com as palavras, elas estão onde e como a pus não à toa mas significando o que sou, ou sinto nessa ocasião. por isso não tenho medo dos erros, das pontuações das sintaxes e outras regras que aprendi mas que não demorei muito a esquecer, porque para mim o sentimento e as regras nunca se deram bem (para além de eu nem sempre saber, poder ou querer aceitar regras). agora as palavras essas, as que escrevo, sendo de toda a gente (daí a compreensão) são as minhas na altura em que me arrisco, dando de barato que não estou a escrever nenhuma obra de arte mas sim a exprimir o que no momento de escrever quero transmitir.
cada palavra é, assim importante por si própria, porque tem a vida que eu lhe sopro lá dentro, um conjunto delas não necessita fazer uma frase bonita, precisa, isso sim, de contar (não é explicar) aquilo que eu vos quero transmitir e a maneira como o quero fazer.além que não tenho nada a ver com oratórias (e até me safo muito bem a falar em público, mesmo muito bem), nem contar histórias, as palavras que escrevo aqui no computador, para vocês lerem, sr quiserem não vêm da minha cabeça, não, vêm do peito, que não é tão racional mas, e por isso mesmo, dá mais erros mas conhece melhor as palavras, porque as sentiu enquanto a razão só as sabe e inventar e organizar, topam a diferença? se eu soubesse conciliar as duas coisas não era mais feliz por isso, sê-lo-ia por outra coisa, podia dizer que sabia escrever, o que na verdade verdadinha não sei, mas sei, isso sim que sou capaz de chegar até vós, porque vocês estão predispostos a tolerar os meus erros, e mesmo enganado-me ao princípio, não é para mim que organizo estas frases, é por mim, que como sabem tão bem como eu são coisas totalmente diferentes, mas elas não são para mim e sim para vós, porque eu já as tenho e agora fico feliz em dá-las, em reparti-las, como ideias ou pensamentos mas, mais do que tudo sentimentos com vocês, enquanto vocês quiserem.

não conheço essa coisa do "jeito para as palavras", mas conheço muito bem as palavras, elas são o veículo de transmissão sem as quais nós não podíamos dizer o que vai dentro de nós.

isto estava aqui a um canto e eu não sabia se havia de reler ou não, resolvi não o fazer, está, está e pronto.

1 comentário:

  1. Gostei Pai!

    Há pouco tempo atrás coloquei uma frase no messenger que foi "Somos o que sentimos!", felizmente, ou infelizmente, nem todos nós conseguimo-nos exprimir tão bem quanto gostaríamos... há, na realidade muitas pessoas que com ou sem educação, não conseguem transferir os seus sentimentos para um texto, uma frase ou mesmo uma palavra... Fico feliz por nós termos essa facilidade e do sentido lirico andar de mãos dadas com a nossa escrita...

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