tocar. hoje apetetecia-me, aqui do fundo do buraco onde estou, tocar a noite, estender meus braços, mãos e dedos até lhe tocar.
sentir de que é feita essa escuridão, para onde o vento leva a força que me draga, e onde estão as palavras que não encontro.
tocar.tocar a noite como se toca uma flor murcha, que se esboroa nesse contacto, como seguramente, serão as coisas intangíveis.
mais que tocar, hoje apetecia-me fundir com a noite num abraço tão apertado como dos corpos que se interpenetram, e ficar nela e ela ficar em mim, com a certeza que a luz da manhã nos iria levar sem deixar qualquer rasto de escuridão ou dor..
hoje queria fazer amor pela última vez com essa noite que me foge, para poder fugir com ela.
18 de fevereiro de 2010
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