21 de fevereiro de 2010

Sempre assim

É sempre assim de cada vez que abro esta coisa. Vou, AVIDAMENTE, à procura de comentários ás palavras mal alinhavadas que escrevo, como se me pudessem servir, de alguma forma, de bálsamo, de companhia, de entendimento (ou não) e é, quase sempre uma desilusão, raramente os encontro porque não estão lá.

De alguma maneira sei que até um vírus desgraçado levar tudo, isto faz parte do meu "legado" (palavra pomposa mas não tenho outra) e fico um pouco triste, triste porque além dos oito "seguidores" sei que há mais pessoas a lerem estas patacoadas do fundo do meu coração que não se manifestam, não é Sara? Não é Susana? Não é Domingos e Lídia? Nem mesmo os "seguidores" me dão um pouco do seu tempo para eu não me sentir tão sozinho.

É diferente falar do que escrever e muito mas é incomparavelmente melhor a escrita, que nós podemos não só recordar mas, sobretudo,  ler e reler e reler e reler, principalmente quando o ânimo não está muito alto ou faz falta qualquer coisa que se não sabe o que é.

Hoje acordei cedo, como de costume, tudo dorme cá em casa, à excepção da terrível gata que nos da´, de quando em vez, um pouco do prazer da sua companhia (eta! gata arisca!!!). Essa já me veio roçar as pernas e sentar-se em cima dos meus pés durante uns segundos, antes de ir roer a sua ração. Em breve volta para o local onde esteve aninhada, que não sei onde foi, ele varia muito, e continuará o seu trabalho: dormir.

Mas não sei explicar como me soube bem esse pouco tempo em que ele me "disse" bom dia pá, que tal?
Hei-de ensiná-la a escrever.

Desculpem a mariquice. Acontece.

3 comentários:

  1. Quando conseguires ensinar a tua gata a ler e/ou escrever, diz-me como se faz porque, indubitavelmente sabe bem aquele roçar nas pernas de manhã quando me levanto ou à noite quando entro pela porta da rua.... será que me diz "olá, onde estiveste" ou apenas quer dizer "então, pá, já não tenho comida, já cá devias estar"... se calhar é mesmo melhor pensar que é um "olá" :).

    Ainda por falar em escrever, tenho imensas saudades de ler. É verdade! Lembro-me de todos os livros que lia avidamente, de todas as literaturas que enriqueceram o meu vocabulário e algumas me deram conhecimentos.

    Tenho pena de não ter tempo para ler. Se calhar arranjava um bocadinho, mas estou sempre tão cansada quando chego e depois tenho a casa e a Sara para cuidar, e por muitas saudades que tenha, a cama esta sempre a piscar-me o olho e a convidar-me para um soninho.

    Eu às vezes tenho vontade de fazer um comentário e faço-o, mas a maior parte das vezes limito-me a ler o que escreves e cá dentro, seja no coração ou no pensamento respondo-te por palavras que não quero ou sei colocar aqui.

    São as tais entrelinhas de que falava. De qualquer modo e como vou telefonando, poucas vezes eu sei, mas vou ligando sempre dá para trocar meia dúzia de palavras.

    Eu tenho um quotidiano, aborrecido é certo, mas à medida que envelheço tento cada vez mais procurar as coisas boas que posso encontrar dentro dele. Tento não resmungar tanto com a Sara, por exemplo. Ninguém me manda ser mãe em idade de ser avó, mas é o que se consguiu arranjar.

    Sabes, tenho pena dos anos que perdi a tentar ter uma vida mais estável para ter um filho. Afinal de contas comecei do 0 novamente e cá está a Sara e não tive à espera de tempos melhores (se bem que esse compasso de espera não tenha sido por opção minha). Essa é a mágoa da minha vida!

    Mas como alguém muito querido me disse: "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".

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  2. Sabes que muitas vezes és tu que me provocas esse sorriso de correspondência que muitas vezes peco por não retribuir...

    Parece que escrever por escrever não tem assim o mesmo significado não é Pai? Tenho posts no meu blog especificamente para algumas pessoas que me marcam diariamente e fico profundamente desiludido quando passado uma semana vou veer se alguém comentou alguma coisa e as pessoas que comentaram foram aas que entenderam que o post era para elas, sendo para alguém completamente diferente. Mas é assim a escrita... não interessa acerca de quem a gente escreve, interessa sim o que eles/elas querem ler!!!

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