17 de janeiro de 2010

Sara Mana

Sei de antemão que não vou dizer tudo o que quero, conheço o funcionamento da minha cabeça, por isso é uma promessa que aqui fica, não sei quando mas voltarei aqui. Será mais tarde do que mais cedo.

A história do como não tem grande interesse a não ser para nós, mas a história do quê, essa é novidade para muita gente, aqui vai:

No mesmo ano Deus foi porreiro para mim, ou seja, contrabalançou as suas ofertas. Em 2009 resolveu dar-me um cancro a que, sinceramente ainda hoje continuo a não achar piada nenhuma, mas acreditem que há coisas muito piores, mas muito piores sem qualquer dúvida.

Claro que fiquei triste, chateado, preocupado, enfim, portuguêsmente fodido. Fácil de compreender, não? Principalmente para quem, como eu, a Vida era uma maravilha que valia a pena ser bem vivida, para quem uma gentileza era um dom e a alegria uma dádiva, para quem tinha (e ainda tem) um sorriso ao canto daboca, ou como diz o Manétó "o pobre pode ir sem esmola mas não vai sem resposta" Ah! Ganda Manétó.

Passo por cima de tratamentos e outras partes chatas porque já disse em cima como me senti.

Eis senão quando Deus tem pena de mim e me oferece uma Irmã, novinha em folha, assim caída do Céu que me procurava há alguns anos. Primeiro tive relutância e não queria mesmo alargar o meu círculo familiar, apenas da parte do meu pai, que deve ter sido um engatatão de primeira, recusei conhecer essa parte da Família.

Até que um dia, em que ambos os meus nerónios estavam a funcionar resolvi que sim, queria conhecer mais um bocado de mim (sem o saber) de peito aberto, como sempre e mentalidade alargada.

Também não interessa o processo de aproximação, o qual foi rápido assim que tomei a decisão. Mas a proximação foi semi lenta, devido às distâncias que nos separam geográficamente e principalmente ao meu frágil estado de saúde.

Bem, conheci então a minha Irmã Sara, a minha sobrinha Carla (um crãneo) o meu sobrinho Ricardo (um borgas do melhor) e o meu cunhado Rui. A Sara e o Rui só levarão adjectivos lá mais para a frente.

E, surpresa das surpresas, dei comigo a rir e a saltar por tal gente também me pertencer. por aos 55 anos ter descoberto quatro seres do melhor que conheço a todos os níveis, desde aceitação a sensibilidade, a uma empatia que só julgava possível com a convivência dos tempos, a um já te conheço desde sempre. Bonito.

Fiz as pazes com Deus novamente.

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