18 de maio de 2010

palavras

queria que as palavras
não fossem ditas
antes murmuradas
sussurradas docemente
como se passa  mão no pêlo de um gato
mesmo ronrroradas
como aqula brisa que passa
sem fazer ruído
mas pôe as flores dançando
uma melodias dolente
e
ainda mais baixas as palavras amargas
as que magoam como feridas sempre em chaga
ou como a destruição massiva das células
aquelas que não têm razão de existir.


queria que as palavras fossem assim
para o grito estidente e amargurado
poder sobressaír e correr
por montes e vales
levando a sua mensagem de raiva.

1 comentário:

  1. Acredita que, mesmo as que não dizes, mesmo as que não são sussurradas, chegam aos meus ouvidos em gritos de dor e raiva.

    beijos muito grandes

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