2 de fevereiro de 2010

A gata da minha Filha

A Catarina arranjou, há alguns anos, uma gatinha, pequenina, muito linda, a que chamou "Luna", fofinha, tipo tigressa, era mesmo querida.

O que ela demorou para convencer a Alice a aceitar o raio da gata (com a Alice cheia de razão), mas lá levou a água ao seu moinho e até hoje a gata cá está, estragando tudo o que são sofás, arrancando tudo que sejam fios de electricidade, enfim, é especialista em asneirada. Mas, pior que isso, é um demónio, não há um único tapete direito cá em casa, devido às suas constantes mudanças de velocidade, de uma rapidez que até impressiona (noutra encarnação deve ter sido piloto de F1), não é capaz de aceitar um mimo, uma carícia, ir ao colo de alguém é mentira, tarva uma luta que ganha sempre por causa das unhas, etc.

Em resumo aquilo é uma gata com espírito de Diabo da Tansmânia. Mas todos gostamos do raio do bicho porque nestas andanças todas ele tem algumas coisas bem engraçadas.A gata está para a Família assim como a família está para a gata, todos bem metidos.

ATÉ ONTEM.

E porquê até ontem? Porque desta vez ela fez uma coisa imperdoável, passo a explicar: eu tinha um lindo cinzeirito azul, em vidro grosso, para estar ao pé de mim na mesa da sala de estar, como ele era pequeno, aí uns 8cmm x 5 cm, eu tinha o cuidado de fumar pouco e de o lavar frequentemente (um cinzeiro sujo dá muito mau aspecto), coisa que ontem, a seguir às notícias da SIC, fiz uma vez mais.

Ora como lavei o cinzeiro na cozinha e não ia logo para a sala, deixei-o em cima da arca frigorífica, onde já estavam outras coisas, como é claro. Eis senão quando oiço um estouro que parecia um pneu a rebentar, e lá fui à cozinha, ver 30 mil pedacinhos do meu querido cinzeiro. À gata marafada, então não é que a rapariga tinha que o ir cheirar? Concomitantemente não deve ter gostado ou do cheiro, ou da cor e pumba lá se foi o meu amigo.

Não sei que castigo hei-de dar à gata, ou lhe proíbo as saídas para a discoteca aos fins de semana, ou não vê televisão durante uma semana, ou lhe corto na mesada, tenho que pensar.

Entretanto estou sem cinzeiro na sala onde costumo ver a televisão, o que me causa um transtorno que nem sei dizer .Aliás, estou quase sem cinzeiros porque os que restam, diz a Alice, são para decoração.

O que é que se infere daqui? Não sabem ? É fácil, estou à espera de uma (ou mais) alma caridosa que me faça chegar um pequeno cinzeiro para substituir o defunto.

P.S. Mas que grande lata que eu tenho.

O.A.04:19horas 3-2-2010

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